quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Esta freira resgata travestis e transexuais da prostituição

Eram pessoas rejeitadas pela sociedade que acabaram se prostituindo por necessidade, mas agora encontraram o rosto do amor e da misericórdia

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A irmã Mônica Astorga, carmelita descalça que mora em Neuquén, acompanha há 10 anos um grupo de travestis e transexuais que decidiram, com sua ajuda, abandonar aprostituição e as drogas para iniciar um caminho de recuperação e reinserção social.
Em 2005, uma travesti chamada Romina foi até a paróquia de Nossa Senhora de Lourdes para oferecer um dízimo. Ao saber que o dinheiro provinha da prostituição, o padre a encaminhou ao mosteiro das carmelitas. Foi então que conheceu a irmã Mônica.
Mônica conversou durante uma hora com a travesti. Romina contou que ela e muitas das suas amigas queriam deixar a prostituição, mas não tinham outra opção. A religiosa a convenceu a levar suas amigas a um encontro com ela. Alguns dias depois, rezaram juntas e compartilharam suas experiências de vida, suas dores.
“Fomo rezar, e depois lhes perguntei sobre os sonhos que tinham, porque uma pessoa sem sonhos não tem vida. Então me contaram sobre seu desejo de ser cabeleireiras, cozinheiras, ter seu próprio negócio. Katty, outra travesti, disse-me que queria ter uma cama limpa para morrer. Por quê? Porque a expectativa de vida para uma travesti é de 40 anos de idade”, contou a religiosa, em uma entrevista gravada com o produtor Juan Martín Ezratty.
A religiosa se sentiu tocada e decidiu ajudar. Entrou em contato com as autoridades da Cáritas e com o bispo diocesano e começou um projeto de salão de beleza e uma cooperativa de costura, enquanto providenciava uma casa para suas reuniões. Katty, aquela que queria uma cama para morrer, agora dirige a casa, o curso de costura e hospeda as travestis da rua.
“Eu faço isso com fé. Procuro colocar Deus em suas vidas, que se sintam amadas por Deus, por Jesus, que o vejam como um Amigo, que as ama como elas são”, resumiu a religiosa.
Ao longo do seu trabalho, a freira teve muitos obstáculos: “Já me perguntaram por que havia travestis na Igreja… Mas a Igreja é para todos. Jesus esteve com quem? Com os pecadores, oras! O que me importa é que vivam dignamente, que não tenham necessidade de passar as noites com frio, com temperaturas abaixo de zero. O que ofereço é um espaço para rezar, para encontrar um emprego… O resto é obra de Deus, que é muito misericordioso”.
Segundo relatou a carmelita, o Papa Francisco conhece este trabalho e a incentiva a continuar. “Em uma carta, ele me pediu para não abandonar este trabalho que o Senhor colocou no meu caminho. E se ofereceu para me acompanhar no que eu precisar”.
Quando foi eleito Papa, a irmã Mônica enviou uma saudação a Francisco, em nome de todas as “meninas” que ela acompanha. “Ele respondeu dizendo que não as julgava, que as amava e que soubessem que Jesus e Maria as ama muito”, contou.
A religiosa fez um pedido a toda a sociedade para que seja consciente do dano que estas pessoas sofrem. “Em qualquer família é possível que haja pessoas que se assumam como homossexuais. Peço-lhes que as recebam com todo o amor que merecem, que não as rejeitem, porque essa rejeição pode acabar levando as pessoas à prostituição. Tudo isso pode ser evitado com o acolhimento das famílias”, opinou a freira que acompanha as travestis.

Para ver o vídeo (em espanhol) da entrevista, clique aqui. Vale a pena ver este lindo testemunho.

http://pt.aleteia.org/2015/09/22/esta-freira-resgata-os-travestis-e-transexuais-da-prostituicao/?utm_campaign=NL_pt&utm_source=topnews_newsletter&utm_medium=mail&utm_content=NL_pt-09/23/2015

domingo, 11 de outubro de 2015

12 ensinamentos para sua vida espiritual

Aprenda com a sabedoria dos santos

<a href="http://www.shutterstock.com/pic.mhtml?id=209293042&src=id" target="_blank" />Young man praying</a> © Dream Perfection / Shutterstock

1 – O que temer? Nada. A quem temer? Ninguém. Por quê? Porque aqueles que se unem a Deus obtém três grandes privilégios: onipotência sem poder; embriaguez sem vinho e vida sem morte.
2 – Senhor, dai-me força para mudar o que pode ser mudado… Resignação para aceitar o que não pode ser mudado… E sabedoria para distinguir uma coisa da outra.
3 – Apenas um raio de sol é suficiente para afastar várias sombras.
4 – Ninguém é suficientemente perfeito, que não possa aprender com o outro e, ninguém é totalmente destituído de valores que não possa ensinar algo ao seu irmão.
5 – Pregue o Evangelho em todo tempo. Se necessário, use palavras.
6 – A cortesia é irmã da caridade, que apaga o ódio e fomenta o amor.
7 – Para pregar a Paz, primeiro você deve ter a Paz dentro de você. Senhor fazei de mim um instrumento de vossa paz.
8 – Quem a tudo renuncia, tudo receberá.
9 – Não vos esforceis pelas honras do mundo, mas honrai o SENHOR.
10 – Tome cuidado com a sua vida, talvez ela seja o único evangelho que as pessoas leiam.
11 – Comece a fazer o que é necessário, logo estarás fazendo o possível… e, perceberás que estarás fazendo o impossível…
12 – Quem ler e entender o Evangelho em Espírito e Verdade, encontrará nele Deus e o céu, os Anjos e o próprio paraíso, tudo a nos esperar, aguardando que façamos a nossa parte, para recebermos o prêmio da felicidade.

10 conselhos para crescer na vida de oração

Não existem pessoas fortes ou fracas: existem pessoas que oram e pessoas que não oram

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A oração é essencial para a salvação. Santo Agostinho disse que quem reza bem, vive bem; quem vive bem, morre bem; e para quem morre bem, tudo está bem.
Santo Afonso ensina o mesmo: “Quem ora muito será salvo. Quem não ora será condenado. Quem ora pouco, coloca a própria salvação eterna em risco”. O mesmo santo afirmou que não existem pessoas fortes ou fracas neste mundo, apenas pessoas que oram e outras que não oram.
Em outras palavras, a oração é nossa força em todo tempo a lugar. Por isso, apresentamos, a seguir, 10 dicas e incentivos para nos ajudar no caminho rumo ao céu, por meio do esforço de crescer em nossa vida de oração.

1. Tenha convicção e determinação
Ninguém tem sucesso em nenhum âmbito da vida sem determinação para alcançar seus objetivos. Atletas, músicos, estudiosos não chegaram onde chegaram somente por desejar ou pensar no que queriam.

2. Contrate o Espírito Santo como professor
São Paulo nos ensina que não sabemos pedir como convém, e que é o Espírito Santo quem intercede por nós e nos ensina a dizer: “Abbà”, Pai. O Espírito Santo é nosso mestre interior. Antes de começar qualquer momento de oração, invoque a Pessoa do Espírito Santo para iluminar sua mente e incendiar seu coração.

3. Dedique tempo, espaço, boa vontade e silêncio
Como qualquer arte se aprende com a prática, isso também se aplica à oração. Para aprender a orar, escolha um momento determinado, um bom lugar, coloque o melhor da sua parte e faça silêncio interior.

4. Faça penitência
Se a sua oração se tornou entediante e você não está mais crescendo espiritualmente, pode ser devido ao descuido na vida de penitência, a uma vida mais segundo a carne que o espírito. Se você não tem formação na vida penitencial, consulte um bom diretor espiritual e comece com pequenos atos para ir acumulando força interior.

5. Procure a direção espiritual
Os atletas precisam de treinadores; os estudantes precisam de professores. Os guerreiros da oração precisam de um orientador e isso se chama direção espiritual. Há muitos obstáculos na vida de quem quer orar profundamente; a assistência de um diretor espiritual ajuda a identificar estas armadilhas e lidar com elas, para crescer constantemente em santidade, mediante uma vida de oração profunda e autêntica.

6. Faça oração e viva a ação
Uma autêntica vida de oração alcança sua plenitude na progressiva prática das virtudes: fé, esperança, caridade, pureza, bondade, serviço, humildade, amor constante ao próximo e à salvação da sua alma imortal.

7. Estude e leia sobre a oração
Santa Teresa de Ávila não aceitava freiras para o seu convento que não soubessem ler. Por quê? Porque a santa sabia muito bem quão importante é aprender, sobretudo acerca da oração, por meio de uma leitura espiritual sólida. Procure bons livros sobre a vida de oração e leia. Você pode começar pela 4ª parte do Catecismo da Igreja Católica, que fala exclusivamente do tema.

8. Participe de retiros
Os retiros permitem uma dedicação mais prolongada à oração. Um dos estilos mais eficazes de retiro são os inacianos, que podem durar um fim de semana, 8 dias ou até um mês inteiro. Vale a pena fazer algumas experiências de retiro ao longo do ano.

9. Confesse-se regularmente
Às vezes a oração se torna muito difícil porque temos a consciência suja pelo pecado. Jesus disse: “Bem-aventurados os limpos de oração, porque eles verão Deus” (Mt 5, 8). Depois de uma boa confissão, os olhos da alma conseguem ver e contemplar o rosto de Deus com mais clareza.

10. Conte com Nossa Senhora
Depois de invocar o Espírito Santo, peça a intercessão de Maria por você, e convide-a a estar ao seu lado cada vez que você dedica um tempo à oração. Ela nunca falha. Da mesma maneira que Jesus transformou a água em vinho nas bodas de Caná, Ele pode transformar nossa oração insípida e sem sabor no vinho doce da devoção.

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sábado, 3 de outubro de 2015

Angélique Namaika: gestos e ações que curam feridas abertas pela violência no Congo


O sorriso aberto e franco no rosto é uma de suas marcas registradas. Aos 46 anos, a freira congolesa Angélique Namaika não deixa que a dura realidade da cidade de Dungu, na Província Oriental da República Democrática do Congo (RDC), apague sua esperança no futuro.  A bordo de sua bicicleta, ela percorre diariamente as ruas empoeiradas da vila onde mora, região devastada por 30 anos de guerra civil, para dar apoio às mulheres vítimas da violência relacionadas ao conflito interno do Congo.

O trabalho desta freira católica, que por meio do seu Centro para Reintegração e Desenvolvimento já apoiou mais de duas mil mulheres congolesas, acaba de ser reconhecido pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), que a concedeu o prestigiado Prêmio Nansen para Refugiados. O prêmio será concedido na próxima segunda-feira, dia 30 de setembro, em Genebra.
Freira desde 2000, Angélique optou por dedicar sua vida às mulheres congolesas obrigadas a deixar suas casas para escapar da violência de grupos rebeldes armados, como o Exército de Resistência do Senhor (LRA, em inglês), originário de Uganda. O conflito no Congo já deslocou cerca de 2,6 milhões de pessoas, e aproximadamente 320 mil seguem nesta situação na Província Orientale.
Entre as jovens ajudadas pela Irmã Angélique estão muitas ex-prisioneiras do LRA, vítimas da violência de gênero – como o estupro, por exemplo. Quando conseguem escapar do cativeiro, essas mulheres precisam enfrentar o trauma e a discriminação por parte da própria comunidade para tentar se reintegrar à sociedade.
Atualmente, 150 mulheres são atendidas pelo Centro para Reintegração e Desenvolvimento, associação da qual a Irmã Angélique é co-fundadora. Desde que o centro foi criado, em 2008, mais de 2 mil mulheres já foram atendidas. Elas frequentam aulas de alfabetização e aprendem um ofício, como costura ou culinária. Juntas, encontram a força necessária para recuperar a autoestima e reconstruir suas próprias histórias.
Leia a seguir os principais trechos de uma entrevista concedida pela irmã Angélique Namaika para jornalistas brasileiros, que também contou com a participação do ACNUR.
A senhora passou por uma situação semelhante às das mulheres assistidas pelo Centro para Reintegração e Desenvolvimento. Como foi essa experiência?
Angélique Namaika: Fui forçada a deixar minha comunidade em 2009, por quatro meses, após um ataque do LRA. Fui para Zungi e fugi quase 100 quilômetros, mata adentro. No primeiro dia estava muito assustada, porque não sabíamos para onde estávamos indo. Fugimos para um lugar com muitas arvores, mas não havia nada para comer. Tínhamos que sair em busca de comida, sempre com o temor de ser capturados pelo LRA. Quando chovia tínhamos uma preocupação a mais, porque tudo ficava molhado ao nosso redor. Eu ficava muito angustiada e cantava uma música para mim mesma, rezando e pedindo pela ajuda de Deus. Só depois de quatro meses conseguimos retornar para Dungu.
Quais os principais abusos reportados pelas mulheres vítimas do conflito no Congo?
Angélique Namaika: Em primeiro lugar, abuso sexual. Assim que elas são capturadas, as jovens são dadas aos rebeldes como esposas. Ainda sofrem violência física, como espancamento. Uma delas têm seus lábios mutilados. Mulheres e meninas também são submetidas a trabalhos forçados. Alguns meninos voltam com as mãos amputadas.
Como fazer para que o mundo tenha conhecimento dessa situação?
Angélique Namaika: Parte do meu trabalho é dedicada a divulgar esta situação. Já tive encontros com políticos e formuladores de políticas nos países vizinhos ao Congo, e participei recentemente, em Genebra, dos Diálogos sobre Fé e Proteção promovidos pelo ACNUR. Tive ainda a oportunidade falar no Conselho de Segurança da ONU sobre o problema, falando que as mulheres congolesas precisam de ajuda.
Por que você optou por seguir no Congo em vez de pedir refúgio em outro país?
Angélique Namaika: Amo meu país. Nós, freiras da minha congregação, buscamos ficar nos nossos próprios países. Escolhi ser freira porque foi uma decisão de Deus. Quando eu tinha nove anos, vi uma freira ajudando as pessoas e decidi que também iria me tornar uma freira. Deus ouviu isso.
De que forma sua história pessoal contribui para o seu trabalho com essas mulheres?
Angélique Namaika: Minha situação como deslocada interna me inspirou a entendê-las e a querer ajudar. Quando vejo essas mulheres, lembro que eu não tinha ninguém que me ajudasse. Então, vou todos os dias aos lugares onde elas estão. Uma coisa muito importante é que elas estejam juntas com outras mulheres. Assim, elas podem ser ouvidas e dividir suas experiências. Suas histórias são horríveis, e elas são muito vulneráveis.
Poderia contar uma das histórias das mulheres ajudadas pelo Centro para Reintegração e Desenvolvimento?
Angélique Namaika: Uma garota foi sequestrada aos 14 anos e passou um ano e meio capturada, vivendo na selva. Quando saiu, estava grávida e não encontrou apoio, e ficava no mercado local de Dungu pedindo ajuda. Fui procurada por moradores da cidade e encontrei a menina. Inicialmente, ajudei-a com comida e atendimento médico. Vi também que ela precisava se tornar independente para reconstruir sua vida. Ensinamos a fazer pão e a costurar. Outro problema é que ela foi rejeitada pela mãe, que dizia que ela era culpada por ter sido raptada pelo LRA. Busquei reconciliá-la com sua família, mas a jovem estava tão desorientada que deixou o bebê comigo e voltou para a selva. Um mês depois, quando ela voltou para Dungu, ela foi aceita novamente por sua família. Ela e sua mãe se reconciliaram e hoje estão bem. A boa noticia é que a jovem se casou e tem um segundo filho. Ela trabalha fazendo pães e ganha recursos suficientes. Ela está feliz.
Como a senhora recebeu a notícia de ter sido a ganhadora do Prêmio Nansen para Refugiados?
Angélique Namaika: Foi uma surpresa para mim. E me deixou muito feliz! Estou muito agradecida. Uma vez, chorei porque estava fazendo meu trabalho sozinha. Quando ganhei o prêmio, pensei: ‘Então o mundo sabe sobre esse pequeno trabalho que eu faço?’. Então vi que esse trabalho não é só meu, ele também é de Deus, que me dá coragem para seguir ajudando essas mulheres. Esse prêmio também é delas, e vai ajudar no trabalho que elas estão fazendo. Eu peço a Deus para não ficar orgulhosa, mas seguir agindo de forma simples e ajudando essas mulheres. Agradeço muito às equipes do ACNUR e vejo que não estou sozinha. Se eu conseguir ajudar apenas uma mulher, já será um sucesso. Peço a Deus que me mantenha uma pessoa simples e que possa continuar ajudando essas mulheres. 
Por Júlia Tavares, de Brasília.

http://www.acnur.org/t3/portugues/noticias/noticia/angelique-namaika-gestos-e-acoes-que-curam-feridas-abertas-pela-violencia-no-congo/

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Precisamos usar as armas que Jesus Cristo deixou para continuar a luta diária. A oração, a busca pelos sacramentos, missa, meditação da palavra de Deus, confissão, o santo rosário, a caridade, o despojamento além de outros são armas essenciais para o combate, já que o Salmo 50 nos diz: o pecado está sempre em minha frente. Promover a pessoa humana em todos os aspectos é o essencial, restituir a dignidade humana inserindo os filhos excluídos de volta a vida, Jesus Cristo foi o maior exemplo disso, Pe. Pio entedeu isso e nós precisamos continuar...

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