quarta-feira, 27 de julho de 2016

O Encontro de São Francisco de Assis com os Leprosos


CONTEXTO SOCIAL DA ÉPOCA DE FRANCISCO


São Francisco de Assis nasceu não se sabe ao certo, se no final de 1181 ou se no início de 1182. Seu pai era conhecido como Pietro Bernadone e sua mãe como Pica. O nome Francisco lhe foi dado por seu pai ao voltar de viagem e encontrá-lo já batizado como João. Queria o pai, Pietro Bernadone, fazer uma homenagem à França, terra onde ele sempre fazia bons negócios comercias, e a sua esposa, que era francesa. Diz-se “de Assis” porque a cidade em que Francisco nasceu fôra Assis, na Itália, cidade que existe até hoje. Nesta lição queremos chamar atenção para dois pontos muito importantes na total compreensão de São Francisco, sua história e o seu movimento.

_ O tempo histórico – de 1181 a 1226, século XII: Idade Média Central.

_ O lugar – Assis, Itália; Europa.

Vamos estudar as características do lugar em que viveu São Francisco, compararmos e vermos semelhanças e diferenças entre aquela sociedade e a de hoje. Há 800 anos atrás, naquela parte da Europa em que estava a Itália, e nela Assis de São Francisco, vivia-se a época medieval: Era a Idade Medieval. Andava-se a cavalo ou a pé. Guerreava-se com lanças e espadas, vestidos em armaduras de metal. As doenças eram tratadas muitas das vezes de forma supersticiosa; o médico era uma mistura de cientista e feiticeiro. Não existia saneamento básico. Não existiam escolas como hoje, e em conseqüência poucos sabiam ler. As pessoas casavam-se segundo o desejo de seus pais, quase sempre por motivos políticos e econômicos. Na política, uma elite mandava, e o povo era uma coisa sem importância. A pessoa valia não pelo fato de ser pessoa, mas pelo título que possuísse, ou pelo trabalho que produzisse. Alguém sem título e que não pudesse trabalhar não possuía qualquer direito dentro da sociedade; eram considerados “marginais”. O clero (Igreja) estava envolvido com esta forma de sociedade, participando de forma direta e indireta em muitos dos abusos e erros que verificamos naquela época. Todos nós temos a nossa vida controlada pela organização política e econômica da nossa sociedade. Naquela época, vivia-se na Europa um sistema social, político econômico denominado Feudalismo.


No Feudalismo, alguém (civil ou religioso) era dono de uma quantidade enorme de terras, e dono também das pessoas que nelas moravam e trabalhavam. Esses senhores “nobres” moravam em castelos e viviam do que seus “servos” produziam. Havia uma espécie de escadinha: os vassalos eram servos do Senhor Feudal,

morando nas terras dele, mas por sua vez tomavam conta de outros menores, os quais eram seus servos. Portanto, os dois, em última análise, eram servos dos senhores feudais, nasciam, cresciam e morriam nesta situação. Se havia um conflito entre senhores feudais, os servos eram os soldados. Em troca de tudo isso recebiam o direito de habitar naquela terra, e recebiam o necessário à sobrevivência. Além disso, os senhores feudais se comportavam como juízes, tendo direito sobre a vida dos seus servos, inclusive de tirá-la. Mas naquele tempo havia uma outra organização social, política e econômica, nas cidades, diferentes do Feudalismo: eram os “comunas”.


A vida social na cidade tinha outros elementos nobres e poderosos, e também outros elementos simples.

As comunas surgiram a partir dos chamados “Homens Livres” que eram aqueles que, de algum modo, se libertavam do senhor feudal, comprando sua liberdade, e tornando-se comerciante ou artesãos. Alguns comerciantes se tornaram ricos pelo poder do dinheiro, tão poderosos que foram acabando aos poucos com a força dos senhores feudais. O pai de Francisco era um desses comerciantes de Assis. Não era nobre, pois não vinha de uma família tradicional, nem tinha título de conde, duque e etc…

Além dos nobres, senhores e comerciantes ricos, uma grande parte do clero, cujo título valia como nobreza, comumente possuíam terras e castelos; e os cavaleiros que eram a elite dos guerreiros, “os heróis”, que pela bravura adquiram títulos de nobreza. Quando Francisco foi para a guerra, ele queria adquirir o título de nobreza, através do heroísmo.


À base de todas essas classes importantes na sociedade daquela época, vinham os artesãos (ferreiro, pedreiros, marceneiro, etc…) e os empregados de alguém. Estes levavam uma vida duríssima, trabalhando mais de 15 horas por dia, sem direito ao descanso, sem direito as férias, folga e etc… muitas das vezes os locais de trabalho eram os piores possíveis, e o salário muito baixo. O pai de Francisco possuía empregados nesta situação. Numa família todos trabalhavam: o pai, a mãe e as crianças. Mais à base de todos, havia a classe dos que não tinham qualquer valor: os marginalizados (deficientes físicos e mentais, doentes e etc…).

Eram poucos os nobres e poucos os ricos. A maior parte era artesãos e empregados. O empregado passava para a classe dos miseráveis em decorrência de alguma doença, ou má sorte qualquer. E havia muitos desses mendigando, fatalmente morriam, pois não havia hospitais e os poucos médicos eram para os ricos e nobres. Francisco, mesmo quando adoeceu, não desceu para classes dos marginalizados graças ao poder do dinheiro do seu pai por isso, já naquela época, todos se apegavam muito ao ter, seja terras, seja dinheiro, porque o valor social do homem era basicamente isso: dar toda minha vida pelo menos por um pouco de ter.

Francisco cresceu no meio disso. Não era um senhor feudal, não era nobre, não era do clero, nem era um cavaleiro, não era um artesão, nem um empregado. Era o filho de um rico comerciante, estava sendo preparado para ser como o seu pai, se possível, adquirir título de nobre (por isso foi para a guerra). Mas um dia ele percebeu que os homens podiam viver num outro tipo de sociedade… Uma Fraternidade de Irmãos no seguimento do Cristo Pobre e Crucificado.

O beijo no leproso

Encontrou-a diante de si no exato momento em que se viu envolvido por duas extraordinárias experiências que lhe abriram um horizonte excitante: o encontro com o leproso na planície de Assis e a voz do Crucifixo que lhe falou em São Damião.

Em 1206, passeando a cavalo pelas campinas de Assis, viu um leproso, que sempre lhe parecera um ser horripilante, repugnante à vista e ao olfato, cuja presença sempre lhe havia causado invencível nojo.

Mas, então, como que movido por uma força superior, apeou do cavalo, e, colocando naquelas mãos sangrentas seu dinheiro, aplicou ao leproso um beijo de amizade. Talvez a motivação para este nobre e significativo gesto tenha sido a recordação daquela frase do Evangelho: “Tudo o que fizerdes ao menor de meus irmãos, é a mim que o fazeis” (Mt 10,42).

Falando depois a respeito desse momento, ele diz: “O que antes me era amargo, mudou-se então em doçura da alma e do corpo. A partir desse momento, pude afastar-me do mundo e entregar-me a Deus”.

1. O encontro com o leproso é um dos episódios mais delicados e sensíveis na vida de Francisco do ponto de vista de sua biografia. O encontro com o leproso foi decisivo no discernimento de sua vocação e coloriu com tintas próprias e fortes sua espiritualidade. Francisco já havia se encontrado com os pobres. Agora estava diante de uma categoria toda especial de pobres, que eram esses seres em decomposição, vivendo da misericórdia dos outros, nas periferias e nos campos. Francisco, na esteira da Sagrada Escritura, compreenderá que Jesus foi um leproso, segundo os textos de Isaías.

2. O famoso episódio do beijo do leproso é relatado por quatro das mais antigas fontes hagiográficas. Na Legenda dos Três Companheiros , 11, lemos o episódio não tão diferente dos outros relatos. Francisco indo de cavalo pelas cercanias de Assis se deu conta que um leproso vinha ao seu encontro. O jovem experimentava uma natural repugnância por esses seres em decomposição. Fazendo grande violência a si mesmo, desceu do cavalo, deu-lhe uma moeda e beijou-lhe a mão. Tendo recebido o ósculo da paz da parte do leproso voltou a montar o cavalo e prosseguiu seu caminho. Francisco vencera-se a si mesmo. O doce tornara-se amargo e o amargo, doce. Tal vem expresso nas primeiras linhas do Testamento do santo: “Foi assim que o Senhor concedeu a mim, Frei Francisco, começar a fazer penitência: como eu estivesse em pecado, parecia-me sobremaneira amargo ver leprosos. E o próprio Senhor me conduziu entre eles, e fiz misericórdia com eles. E afastando-me deles, aquilo que me parecia amargo se me converteu em doçura de alma e de corpo; e, depois, demorei só um pouco e saí do mundo” (Test 1-3). O encontro com estes seres tão pobres fez com que Francisco deixasse a mentalidade do mundo e começasse sua transformação em discípulo sério de Cristo. Foi o começo de sua conversão.

3. O filho de Pietro Bernardone parece desprezar-se a si mesmo. Começava a existir o homem espiritual. Os leprosos não constituem apenas uma primeira etapa de sua caminhada vocacional. O serviço dos leprosos constituiu uma prática constante em sua vida. Vale meditar neste trecho, também da Legenda dos Três Companheiros, 11: “Poucos dias depois, levando consigo muito dinheiro, dirigiu-se ao leprosário e, reunindo todos os leprosos, deu a cada um uma esmola, beijando-lhe a mão. Ao se afastar, o que lhe parecia amargo, mudara-se em doçura. Tanto assim que, como ele contou, no passado, a vista dos leprosos lhe era repugnante de tal forma que, não querendo vê-los, nem mesmo se aproximava de suas habitações e, se por acaso alguma vez lhe acontecesse de passar perto de suas casas ou de vê-los, virava o rosto e tapava o nariz, muito embora, movido por piedade, lhes mandasse esmola por intermédio de outra pessoa. Depois desses fatos, no entanto, por graça de Deus, de tal maneira tornou-se familiar e amigo dos leprosos, que, como ele mesmo afirma no Testamento, gostava de ficar entre eles e humildemente os servia”.

4. “Cuidando dos rejeitados do mundo Francisco começava a ascender à genuína nobreza que buscava, que seria descoberta não nas armas, ou em títulos e batalhas, glórias ou duelos. A honra não estava na companhia dos mais fortes, dos mais atraentes, dos mais bem vestidos ou mais garantidos na sociedade, mas entre os mais fracos, os mais desfigurados, os que estavam marginalizados, dependentes, desprezados (…). Ao dedicar-se ao cuidado dos leprosos, ele tinha ido para além do intelectual e chegara à experiência. No inimaginável sofrimento deles viu a agonia final do Cristo crucificado – o Cristo abandonado e rejeitado, solitário na morte, aparentemente impotente contra a triunfante maldade do mundo” (Francisco de Assis. O Santo Relutante, Donald Spoto, Objetiva, Rio de Janeiro, p.104).

Para continuar a reflexão

1 Celano 17
Três Companheiros 11

Para refletirT

1. O que mais impressiona no tema dos leprosos em Francisco?
2. Quais seriam os leprosos de hoje?
3. Como deveria ser a postura de um franciscano, hoje?

Tempo de Conversão de São Francisco

Francisco não havia entendido ainda que a Igreja que deveria restaurar não era a de pedra, mas a própria Igreja de Cristo, enfraquecida na época por diversas heresias e pelo apego de seus líderes às riquezas e ao poder.

Outro acontecimento que marcou sua vida, foi um encontro com um leproso. Naquela época, os leprosos eram expulsos da cidade, abandonados por suas famílias e fadados a sobreviver com uma doença sem cura e que julgava-se ser um castigo por pecados cometidos pelo doente. O primeiro impulso de Francisco ao avistar o leproso, foi o de fugir. Ele tinha verdadeira aversão aos leprosos antes de sua conversão. Ao invés de fugir, Francisco se aproximou do doente, dando-lhe esmola e um beijo, reconhecendo-o como um irmão. O que Francisco descobre com esse beijo? Descobre que Cristo não é belo e não se veste com mantos de ouro, mas é pobre e crucificado, como o leproso que ele acabara de beijar. E é esse Cristo que deve ser seguido e imitado. E foi o que Francisco fez desse momento em diante. A partir de então, despiu-se de todos os bens materiais e roupas, vestiu uma túnica e passou a se dedicar integralmente aos pobres e leprosos, como se fosse um deles.
Esse momento foi tão importante na transformação de Francisco que, ao final de sua vida, recordava: “Foi assim que o Senhor me concedeu a mim, Frei Francisco, iniciar uma vida de penitência: como eu estivesse em pecado, parecia-me por demais insuportável olhar para os leprosos. Mas o Senhor conduziu-me para o meio deles e eu tive misericórdia para com eles. E, ao afastar-me deles, justamente o que antes me parecia amargo converteu-se para mim em doçura da alma e do espírito”.
Seu pai, enfurecido com as atitudes do filho e temeroso de perder toda a sua fortuna com as doações e projetos de Francisco, deserdou seu filho perante o Bispo. Diante das acusações do pai, na frente do Bispo, e de todos, Francisco tirou as próprias vestes, e nu, as devolveu ao pai dizendo: “Daqui em diante tenho somente um pai, o pai nosso do céu”.


Bernardone exigiu que seu filho lhe devolvesse tudo quanto recebera dele. Francisco, ciente da sentença de Cristo: “Quem ama o seu pai ou a sua mãe mais que a Mim, não é digno de Mim” (Mt 19,29), sem vacilar um momento se despojou de tudo até ficar nu, jogou os trajes e o dinheiro aos pés de seu pai, e exclamou: “Até agora chamei de pai a Pedro Bernardone. Doravante não terei outro pai, senão o Pai Celeste”.

O Bispo, então, o acolheu, envolvendo-o com seu manto. Daquele momento em diante, cantando “Sou o arauto do Grande Rei, Jesus Cristo”, afastou-se de sua família e de seus amigos e entregou-se ao serviço dos leprosos, tratando de suas feridas, e à reconstrução das Capelas e Oratórios que cercavam a cidade.

Cada dia percorria as ruas mendigando seu pão e convidando as pessoas para que contribuíssem com pedras e trabalho na restauração das “Casas de Deus” que estavam em ruínas.

O encontro e o beijo no irmão leproso

Uns dos momentos mais profundos, no processo de conversão de Francisco, foi, sem sombra dúvida, o encontro com um leproso. Seu primeiro impacto com uma pessoa totalmente desprezada na sociedade de seu tempo por ser doente . Sua primeira realidade vivida “nua e crua”. Porém, um encontro que mudaria para sempre sua maneira de vê o outro. Quem foi este leproso? Nós não sabemos e nunca vamos sabe. O que sabemos é que antes Francisco sentia uma repugnância profunda pelos leprosos. Depois, a repulsa ser torno doçura (2). Totalmente envolvido com o mistério de sua mudança interior, onde o Mistério Redentor o subjuga e o fere com o dardo de seu Amor Eterno, se submete a uma prova maior. Antes vivida de maneira natural, agora no rosto desfigurado de um leproso a prova de sua mudança; antes vivida no pecado, agora no amor divino, encontra a imagem do Cristo sangrando na cruz que o deteve e o impeliu na direção daquele leproso,e, este o conduz novamente à essência de sua vida. Certo de que o amor é a única força, a única realidade que une aquilo que está separado, no seu caso, o Verdadeiro Amor que dá coragem de transgredir as leis e as normas humanas. O Amor que dá a coragem de morrer para o outro viver. A partir daí, Francisco torna agradável todas as coisas que antes lhe pareciam amargas e amargas todas aquelas que lhe pareciam doces.


Para Francisco este encontro selava sua última fronteira. Não tinha mais dúvida de que Deus tinha-lhe colocando no caminho certo. O irmão leproso não lhe era mais obstáculo para viver sua ardente felicidade. Estava completamente livre para amor Deus e seus irmãos, sem medo, sem preconceito. Sem especular no que os outros iriam pensar ou falar. Isso não importava. O mais importante agora era está com o irmão desprezado, o problemático,aquele que ninguém quer falar ou conviver. Agora sua companhia tornava-se-lhe agradável e completava sua alegria interior.


É certo que o desejo mais profundo do ser humano é amar e ser amado. A busca deste desejo está na sede de amar sempre, mas só um amor verdadeiro torna a pessoa verdadeiramente feliz. Também é certo de que o maior ato de amor de Deus para com sua criatura foi o de tê-lo feito capaz de amar. Daí, concluímos que o único e mais importante dever do ser humano é aprender a amar. Sendo assim, amar é uma arte divina, que só adquirimos depois de percorremos um longo caminho. Em outras palavras, quando estamos verdadeiramente maduros interiormente, isto é, quando deixamo-nos abrir totalmente à Vontade de Deus. Vale lembrar que, “amar nos torna livres” e livres podemos amor sempre. Na verdade foi isso o que aconteceu com Francisco. Antes do encontra com o leproso percorreu este caminho. “Mas como por graça e força do Altíssimo já tinha começado a pensar nas coisas santas e úteis, quando ainda vivia como secular, encontrou-se com um leproso e, superando a si mesmo, aproximou-se e o beijou. Apartir de então foi ficando cada vez mais humilde até conseguir vencer a si mesmo, por misericórdia do Redentor”.


Nunca saberemos quem foi o leproso que se encontrou com Francisco. Também podemos afirma com toda certeza que nem Francisco teve o privilegiou de conhece está pessoa antes de sua doença, porém, podemos traçar sua aparência física: ‘monstruosamente mais infeliz deste mundo’, ‘pedaços de carne podre’, ‘corpo coberto de chagas purulentas’, ‘em suas mãos, pés e face, muitas feridas’. Foi com este leproso horrível que Francisco se aproximou e beijou-o na boca. Sim, Francisco beijou-o na boca. Mais não só a boca, mas a mão, a face e até as chagas purulentas. E aqui, vem uma pergunta: O que significa este basium?. Significa nas fontes franciscanas o beijo da paz, isto é, o beijo da caridade e da união. O Sopro da vida, o hálito que alenta, o toque que refaz. Francisco ao beijar o leproso, recebe também o toque de quem tem o último sopro de vida e da esperança, o último fio de confiança.


Depois deste encontro, Francisco entendeu que não “bastava contemplar Deus na cruz ou fazer uma meditação diante dele preso numa cruz e suspenso sobre o altar. Não, ele estava ali, no chão, no corpo do leproso. Desta forma consegue descobrir-lo, servi-lo e ama-lo”. Chamava-os de irmãos cristãos porque encontrava neles de modo mais eloqüente a imagem e semelhança com Cristo. E não aceitava que ninguém tratasse mal nenhum deles. Certa vez, Francisco respondeu com tom repreensivo há um frade que ao vê um irmão cristão chegar com convento, tratou-o com certa ingenuidade, apesar de ter recebido ordens do próprio Francisco para que o tratasse bem. “Não deves agir dessa maneira com o nosso irmão cristão, porque não é bom, nem para ti nem para ele”. Porém, o que Francisco pedia sempre aos seus frades era que eles dedicassem seu tempo e serviço, com respeito e caridade a todos os irmãos cristãos por amor de Deus.

O encontro e o beijo com o irmão leproso na vida de Francisco no início de sua conversão, ajuda-nos a refletir sobre a repugnância vencida, muitas vezes presente ao longo de nossa caminhada fraterna. Lembra-nos que podemos vencer todas as barreiras que nos afasta de nossos irmãos, sejam eles leprosos ou não. Lembra-nos também que a conversão pessoal, o Amor Eterno presente no meio de nós e o dialogo fraterno serão tanto mais vivos quanto mais intensos forem nossos encontros, superando diferenças e quebrando mitos. Que o exemplo do Seráfico Pai São Francisco nos ajude a vivermos como verdadeiros irmãos e principalmente verdadeiros cristãos. Amém!

http://www.ifrans.org.br/o-encontro-de-sao-francisco-de-assis-com-os-leprosos/

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Total de visualizações de página

Quem sou eu

Minha foto
Precisamos usar as armas que Jesus Cristo deixou para continuar a luta diária. A oração, a busca pelos sacramentos, missa, meditação da palavra de Deus, confissão, o santo rosário, a caridade, o despojamento além de outros são armas essenciais para o combate, já que o Salmo 50 nos diz: o pecado está sempre em minha frente. Promover a pessoa humana em todos os aspectos é o essencial, restituir a dignidade humana inserindo os filhos excluídos de volta a vida, Jesus Cristo foi o maior exemplo disso, Pe. Pio entedeu isso e nós precisamos continuar...

Leituras Espirituais