sexta-feira, 18 de março de 2016

A caridade na quaresma (e fora dela)


"A essência propriamente dita do cristianismo é a caridade, a unidade em Cristo. (...) Buscar uma união com Deus que implicasse uma separação completa, em espírito e corpo, do resto da humanidade seria, para um santo cristão, não apenas absurdo, mas também o oposto da santidade.

O isolamento no eu, a inabilidade de sair de si para ir ao outro, significaria a incapacidade para qualquer forma de autotranscendência. Portanto, ser prisioneiro de si mesmo é, na verdade, estar no inferno. (...) Na verdade, o amor é a vida espiritual, sem o qual todos os outros exercícios do espírito, embora elevados, ficam esvaziados de conteúdo e tornam-se meras ilusões. E quanto maior a elevação, mais perigosa a ilusão.

O amor, com certeza, significa muito mais do que um simples sentimento, muito mais que favores ínfimos ou doadores de esmolas rotineiros. Amor significa uma identificação interior e espiritual com o irmão para que ele não se torne um 'objeto' ao 'qual' se 'faz um bem'". 

A sabedoria do deserto, Thomas Merton (Editora Martins Fontes), 2004, pág. 18 e 19.

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Precisamos usar as armas que Jesus Cristo deixou para continuar a luta diária. A oração, a busca pelos sacramentos, missa, meditação da palavra de Deus, confissão, o santo rosário, a caridade, o despojamento além de outros são armas essenciais para o combate, já que o Salmo 50 nos diz: o pecado está sempre em minha frente. Promover a pessoa humana em todos os aspectos é o essencial, restituir a dignidade humana inserindo os filhos excluídos de volta a vida, Jesus Cristo foi o maior exemplo disso, Pe. Pio entedeu isso e nós precisamos continuar...

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